O Encontro Nacional de Formação Profissional, promovido pelo CFN, nos dias 27 e 28 de setembro, em Brasília, caracterizou-se pelo amplo debate entre docentes, estudantes e representantes dos ministérios da Saúde, Educação e Desenvolvimento Social e Combate à Fome e de entidades de nutricionistas sobre o curso de Nutrição no Brasil. O evento debateu temas como as experiências de renovação curricular dos cursos de Nutrição; as linhas de ações e estratégias de articulação entre as entidades de Nutrição e as instituições de ensino superior; políticas públicas que contam com nutricionistas, entre outros.
Na abertura do evento, no dia 27 de setembro, o foco foram os desafios da formação profissional e suas repercussões na sociedade, tema abordado pelo professor e teólogo Leonardo Boff, que destacou o papel primordial da alimentação na promoção da saúde. O teólogo destacou, também, a relação do homem com a natureza e o cuidado que deve ter com o planeta Terra adotando uma prática profissional ética e sustentável.
A política pública de ensino superior foi a temática abordada por Adriana Regon Weska, da Diretoria de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior do MEC. Na sequência, a primeira mesa-redonda apresentou as experiências de renovação curricular de cursos de graduação de Nutrição pelos representantes da Faculdade São Lucas (Roraima), profª Juliana Feitosa; da Pontifícia Universidade católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), prof.ª  Ana Maria Feoli; da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), profª Selma Docichi e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), profª Patrícia Speridião.
O presidente do CFN, Élido Bonomo, abriu o debate sobre as linhas de ações estratégias de articulação com as Instituições de Ensino Superior (IES). As associações brasileiras de Nutrição (Asbran) e de Educação em Nutrição (Abenut), bem como os representantes  da Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN), da Nova Federação de Nutricionistas e da Executiva Nacional dos Estudantes (Enem) participaram dessa discussão informando aos participantes as ações que têm desenvolvido para o aprimoramento da articulação com as IES.
Políticas Públicas
O papel do nutricionista nas políticas públicas deu continuidade aos debates, com a participação da coordenadora-geral da Coordenação de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime; da coordenadora-geral da Coordenação de Educação Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Janine Giuberti Coutinho e da coordenadora-geral do Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae), Albaneide Peixinho.
O público do encontro integrou três oficinas de trabalhos que discutiram o “Consenso de habilidades e competências do nutricionista em Saúde Coletiva/campo de formação e atuação na saúde coletiva”; o “Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para políticas públicas e sua interface com a formação do nutricionista”, e as “Orientações para a construção do projeto político pedagógico”.
No segundo dia do evento, 28, as discussões foram realizadas em grupos, divididos por eixos e temas baseados nos resultados do relatório final das Oficinas Regionais de Formação Profissional, que antecederam a etapa nacional, e foram promovidas pelos Conselhos Regionais de Nutricionistas (CRN). Essa ação democratizou e ampliou as discussões e proposições, reunindo discentes, docentes e coordenadores de cursos de Nutrição de diversas regiões do Brasil.
O encontro produziu um documento com proposições fundamentais para subsidiar a qualidade na formação e no exercício profissional do nutricionista. Em breve, o CFN disponibilizará esse documento no site (www.cfn.org.br).
O sucesso do encontro foi fruto dos esforços e do desempenho de todos os participantes, aos quais agradecemos e esperamos contar na próxima edição. Agradecemos, também, aos representantes dos Conselhos Federais de Educação Física, Farmácia e Odontologia que prestigiaram o evento.
Avaliação
Dos 168 participantes do evento, 91 responderam as fichas de avaliação. A programação foi classificada por eles como ótima (42,9%); boa (53,8%) e regular (3,3%). Quanto aos temas abordados, 50,6% avaliaram como ótimos; 47,2% como bons e 2,2% regulares. Quanto às expectativas dos participantes, 35,2% classificaram como ótimas, 59,3% boas e 5,5% como regulares.
Confira aqui as apresentações dos palestrantes, autorizadas.
Veja aqui algumas fotografias que registraram diversos momentos do encontro.
DOCUMENTO FINAL DO ENCONTRO NACIONAL DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL. Confira!