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Pirenópolis recebe a sétima edição do Slow Filme – Festival Internacional de Cinema e Alimentação

Pirenópolis recebe a sétima edição do Slow Filme – Festival Internacional de Cinema e Alimentação

14/09/2016

Conscientizar através da arte. Com esta proposta nasceu  Slow Filme – Festival Internacional de Cinema, Alimentação e Cultura Local, que em 2016 chega à sétima edição. A partir da exibição de uma programação cinematográfica de qualidade, em sua maioria inédita no Brasil e premiada em grandes festivais, Slow Filme trata de temas que afirmam a relação entre o prato e o planeta. Amparando-se nos conceitos do movimento Slow Food, o festival quer mostrar que nossas escolhas afetam o mundo a nosso redor: a biodiversidade, as tradições, os sabores. E que a informação pode fazer toda a diferença.
O 7º Slow Filme – Festival Internacional de Cinema, Alimentação e Cultura Local acontece no período de 15 a 18 de setembro de 2016, no Cine Pireneus, em Pirenópolis/Goiás (onde o evento vem sendo realizado desde 2010, ano da primeira edição) e apresenta exibições, palestras e degustações. Entrada franca.
O festival exibirá cerca de 20 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, de ficção e documentários, a grande maioria inédita no Brasil. Também promoverá palestras com especialistas e degustações gratuitas. Slow Filme é único em seu perfil no Brasil e se propõe a conscientizar através da arte. Serão exibidos títulos produzidos em vários países – como Japão, Canadá, Estados Unidos, Dinamarca – além, é claro, do Brasil. Slow Filme tem curadoria do professor, crítico e cineasta Sérgio Moriconi e é realizado pela Objeto Sim Projetos Culturais Ltda.
No 7º Slow Filme, serão exibidos cerca de 20 filmes em quatro dias de exibição (a programação ainda está sendo definida e pode sofrer alteração). Dentre eles, destaques para a estreia no Brasil de títulos como o norte-americano ‘The Birth of Sake’ (foto), que mostra o cotidiano da destilaria Yoshida, produtora de saquê há 144 anos; o espanhol ‘Jerez & El Misterio del Palo Cortado’, do grande fotógrafo José Luis López Linares, sobre a milenar e misteriosa preparação do legendário vinho; ‘L’ADN du Ceviche’, curiosa produção canadense que explora aspectos culinários, históricos, ambientais e sociopolíticos do prato que é sinônimo do Peru; o japonês ‘Little Forest – Winter/Spring’, sobre uma chef que retorna à vila onde nasceu e cozinha apenas com os ingredientes que colhe na região; ou ainda ‘Vineyard Chronicle’, produção suíça que acompanha quatro estações da vida de uma família que há várias gerações produz vinho na região de Cully.
Partindo de abordagens mais políticas, estão filmes como ‘The Way Back to Yarasquin’, coprodução norte-americana/hondurenha sobre a luta de uma mulher que, de volta a sua terra natal, inicia um árduo trabalho de capacitação dos agricultores locais para se tornarem realmente donos do café que produzem e conseguirem extrair lucros disso – e um consequente sentimento de orgulho e prosperidade. E o dinamarquês ‘Boas coisas nos aguardam’ (foto), dirigido por Phie Ambo, que mostra a luta de um velho fazendeiro – um dos últimos produtores idealistas da Dinamarca – para produzir alimentos em harmonia com o universo.
O cinema brasileiro será representado por títulos como ‘Expedição Brasil Gastronômico’, documentário sobre a viagem feita em 2013 por uma equipe que pesquisa as riquezas gastronômicas brasileiras, em diferentes estados como São Paulo, Bahia e Distrito Federal. E ‘Guardiãs do Queijo Coalho no Sertão’, sobre o saber tradicional de mulheres camponesas do alto sertão sergipano.
Desde 2010, o festival tem atraído jornalistas, cineastas, críticos e espectadores de vários estados brasileiros e mesmo do exterior com um programa que conjuga exibição de filmes inéditos, degustações amparadas por palestras de especialistas, visitas a santuários ecológicos, hortas orgânicas e muito mais, gerando impacto cultural, social e econômico positivos para a comunidade. Hotéis, pousadas e restaurantes estão sempre cheios durante os dias de realização do evento e são vários os depoimentos de moradores da cidade sobre a expectativa que o festival gera durante todo o ano. Nas edições anteriores, o festival atraiu espectadores de cidades como Brasília, Goiânia, Anápolis, Uberlândia, Rio de Janeiro, São Paulo, além, é claro, dos moradores de Pirenópolis, que compareceram maciçamente. A curadoria é do professor, cineasta e crítico Sérgio Moriconi.
Fonte: Ideias na Mesa