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Arroz

11/07/2011

Almoço sem arroz é raro. O grão faz parte da cultura culinária do brasileiro, especialmente em sua versão branca e soltinha. Porém, até mesmo as cores dele podem ser diferentes, bem como os sabores. A NUTRICIONISTA Aline Cabral Freitas explica que a principal característica do arroz é ser fonte de carboidratos, além de proteínas, fibras, vitaminas e minerais. Aos que não querem tê-lo na DIETA, é importante procurar um substituto à altura. "Você pode comer batata, ALIMENTOS com farinhas e massas. Mas, pensando em NUTRIÇÃO, o bom seria intercalar os tipos de arroz pela DIETA", afirma a especialista. Para quem só se lembra das variantes branca e integral, ela sugere outras opções para expandir o paladar. Confira:
Polido ou agulha
O mais comum, chamado de branco. Quando da sua fabricação, perde a "casca", o que retira também grande parte do seu poder nutritivo. Uma vantagem é o preço, bem menor do que os dos similares, além de ser facilmente encontrado. É o que leva menos tempo para ficar pronto.
 
Integral
Ao manter sua camada externa, o grão de arroz integral conserva as principais qualidades energéticas, contendo três vezes mais fibras, cinco vezes mais vitaminas e quatro vezes mais magnésio do que o branco comum. São essas fibras que ajudam a manter o intestino mais regulado. Seu preço, porém, é mais elevado.
 
Parboilizado
Esse tipo de arroz passa por um processo chamado hidrotérmico, que o cozinha parcialmente com casca. Nesse método, parte das vitaminas e minerais passa dessa casca para o interior, aumentando o seu valor nutritivo. O parboilizado tem grande quantidade de vitaminas do complexo B.
 
Cateto ou japonês
Como o próprio nome já diz, essa variedade é a base da culinária japonesa. Com grãos curtos, curvados e um pouco transparentes, tem grande quantidade de amido e, após o preparo, tende a ficar mais macio e cremoso, se comparado ao comum. Também pode ser encontrado com grãos que mantêm a sua casca e o gérmen, concentrando assim o seu valor nutricional.
 
Arbóreo
Tem o grão mais arredondado e concentra bastante amido, conferindo consistência cremosa. Também tem uma incrível capacidade de absorver condimentos. Por isso, é o mais indicado para a preparação de risotos.
 
Basmati ou indiano
Famoso por seu aroma adocicado de nozes, o diferencial do arroz basmati é o seu gosto mais forte e a capacidade de reter água durante o preparo sem que os grãos fiquem grudados uns nos outros.
 
Vermelho
O arroz vermelho é rico em monocolina, substância que pode auxiliar na redução do nível de LDL (COLESTEROL ruim) no sangue.
 
Negro
Mesmo ainda não sendo tão popular, esse tipo de arroz contém 20% a mais de proteínas e 30% a mais de fibras do que o arroz integral. Além disso, contém menos gordura, seu valor calórico é baixo e tem muito ferro. O arroz negro previne contra problemas cardiovasculares, câncer e envelhecimento, pois conta com substâncias antioxidantes.
 
Selvagem
Apesar do nome, não é um arroz de verdade, sendo um tipo diferente de gramínea, o famoso capim. Os grãos são escuros e têm um comprimento três vezes maior do que o arroz comum. Pobre em gorduras e rico em proteínas, é uma boa fonte de potássio, fósforo e vitaminas.
 
Feijão
O clichê do feijão com arroz já foi celebrado até por Renato Russo, no sucesso Eduardo e Mônica. Preto, marrom, branco, o grão também passeia pelas dietas dos brasileiros e, de forma diferente do arroz, cada região parece ter seu preferido. De acordo com o NUTRICIONISTA Ivan Mourthé de Oliveira, há mais de 2.500 espécies, entre eles o carioca, o carioquinha, o preto, o rosado, o fradinho, cada um com suas características de sabor. "Porém eles não apresentam grandes variações na composição nutricional", afirma. O grão contém ferro, cálcio, magnésio, zinco, vitaminas do complexo B, carboidratos, fibras, variando, de acordo com cada espécie, entre 22% a 32% de proteínas. "Entre todas as espécies, apenas o feijão branco apresenta valores nutricionais acima da média dos outros", garante o NUTRICIONISTA. As regionalidades brasileiras é que trazem nuances. "O feijão preto, por exemplo, é tradição para as feijoadas. O branco já é preferido para a dobradinha. Para o feijão tropeiro, usa-se o mulatinho." Ivan comenta que o feijão é deficiente em dois aminoáciodos essenciais ao ser humano: a metionina e a cistina. "Por isso, seu uso é limitada como fonte protéica."

Autor: Correio Braziliense – DF / Editoria: Revista do Correio