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Conheça os 'selos saudáveis' colocados nos alimentos no Chile, e que o Brasil estuda adotar

Conheça os 'selos saudáveis' colocados nos alimentos no Chile, e que o Brasil estuda adotar

13/11/2017

(Foto: Ministério da Saúde do Chile)

País colocou selos claros e em destaque em todos os produtos que apresentam taxas altas de açúcar, sal, gordura saturada e calorias. Anvisa estuda se modelo chileno pode ser adotado no Brasil

Para combater a obesidade, principalmente a infantil, o governo do Chile passou a exigir que as embalagens de todos os produtos sejam realmente claras. A lei demorou 10 anos entre a aprovação e a implementação real, com uma negociação entre o Ministério da Saúde e a indústria alimentícia. O projeto chileno, usado como exemplo positivo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente é estudado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.
Quem vai ao supermercado no Chile se depara com dois tipos de embalagens: as que têm selos e as que não têm. O ponto principal da Lei de Alimentos é a exigência, sem exceção para nenhuma empresa, de avisos grandes e em destaque em todos os produtos com altas taxas de açúcar, sal, gordura saturada e calorias.


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Como ficam posicionados os selos nas embalagens dos produtos no Chile (Foto: Ministério da Saúde do Chile)
De acordo com Anna Christina Pinheiro Fernandes, brasileira que trabalha no Ministério da Saúde do Chile e uma das pessoas que ajudaram a implementar o projeto, os 10 anos entre a aprovação da lei e a regulamentação em 2016 foram fundamentais para a discussão com a população e as empresas.
“Demorou porque foi um processo pioneiro. Nenhum outro país tinha feito isso. Precisou ser muito discutido, principalmente com a indústria de alimentos”, contou.
No início, a lei previa um limite de sódio, açúcar, gordura saturada e calorias por 100g de alimentos menor do que está em vigor atualmente para poderem permanecer sem os selos. No entanto, devido à necessidade de adequação da produção, foi necessário estabelecer um calendário para redução gradual até 2019.

Obesidade infantil