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Acompanhamento nutricional para auxiliar o combate à hipertensão, obesidade e diabetes na Serra

Acompanhamento nutricional para auxiliar o combate à hipertensão, obesidade e diabetes na Serra

08/06/2017

Júlia Cavalcanti, nutricionista responsável pelo atendimento (Foto: Divulgação/ PMS)

Hipertensão, diabetes, obesidade e sobrepeso são alguns dos problemas de saúde que estão sendo combatidos com o auxílio do tratamento nutricional no município da Serra.
A prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, mantém profissionais especializados nas Unidades Regionais de Boa Vista, Novo Horizonte, Jacaraípe e Feu Rosa, que oferecem grupos de reeducação alimentar para diferentes idades, após encaminhamento das Unidades Básicas de Saúde.
Com tanta oferta de produtos industrializados nas prateleiras, muita gente tem se esquecido do tradicional arroz com feijão. Mas, é na boa e velha comidinha caseira que os nutricionistas apostam para combater o sobrepeso, a obesidade, além da hipertensão e diabetes.
O objetivo desse acompanhamento é fazer com que os pacientes tenham uma melhor qualidade de vida e que, com uma alimentação balanceada e mais adequada, possa ser este o primeiro passo para a cura de doenças que trazem risco à saúde.
A nutricionista responsável pelo atendimento da Unidade Regional de Novo Horizonte, Júlia Cavalcanti, diz que durante as consultas e os bate papos dos grupos, mostra como a substituição de alimentos é importante.
“Vemos muitas pessoas que consomem muito óleo, açúcar, tomam suco em pó. Nosso objetivo é mostrar a eles que a substituição pode ser feita, sem gastar muito dinheiro, adaptando ao que se tem em casa e mudando alguns hábitos”, explica.
Ela ressalta ainda que receitas são passadas aos pacientes para que fique mais fácil fazer a troca por alimentos mais saudáveis, como é o caso do pão integral.
“Muitos pacientes comem pão de sal de manhã, a tarde e à noite. Orientamos a troca por um pão integral caseiro, que pode ser feito por eles mesmos. Outra dica é aproveitar as frutas e hortaliças que possuem no quintal. Usá-las para fazer suco caseiro invés de usar o industrial é uma ótima opção também”, diz.
A dona de casa Telma Sales Cardoso, 28 anos, fez o acompanhamento nutricional na Unidade de Novo Horizonte e disse que mudou muitas coisas na alimentação.
“Como arroz e feijão todos os dias, mas depois do acompanhamento que fiz com a nutricionista passei a usar menos óleo na minha comida e também a usar menos açúcar no suco. Evito comer fora de casa, pois não sei como é feita a comida. Também evito comer lanches ou fastfood”, conta.
Segundo os especialistas, metade do prato de comida deve ser constituído de verduras e legumes, e a outra metade dividida entre o arroz, feijão e a carne. Esse deve ser o prato de todos os dias.
“Infelizmente percebo que cada vez mais pessoas não estão consumindo feijão, por alegarem não gostar, ou deixando de comer o arroz, por querer emagrecer a qualquer custo. Tentamos, em nossos grupos, desestimular essas atitudes”, comenta, Júlia.
Substituição de alimentos
Uma variação é substituir o feijão por grão de bico, lentilha e soja. Já o arroz pode ser substituído por polenta, macarrão, batata, aipim, entre outros, porém no máximo duas vezes por semana, segundo Júlia.
Ou seja, no restante dos dias, o arroz com feijão é que deveria compor o prato das famílias.
Vale lembrar que existem inúmeras possibilidades para orientar pratos adequados e saudáveis para as três principais refeições do dia, todos baseados em uma dieta que propõe a reeducação alimentar e o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados.
As práticas repassadas para os pacientes se baseiam no Guia Alimentar para a População Brasileira, que visa à promoção da alimentação adequada e saudável no Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: G1