
UNA-SUS oferece cursos para capacitar profissionais da saúde sobre a prática da amamentação
22/08/2023
Os cursos têm carga horária de 30h cada.
A fim de promover e fomentar a prática ao aleitamento materno, o Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) está com inscrições abertas para cursos voltados aos profissionais da saúde. O objetivo é qualificar esses profissionais acerca das bases legais e formas de monitoramento do cumprimento da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes (NBCAL) e para a proteção legal da prática do aleitamento materno e da alimentação adequada e saudável na primeira infância.
Os cursos têm carga horária de 30h cada e são oferecidos na modalidade de ensino à distância. Os temas são:
Estratégia amamenta e alimenta Brasil: formação de tutores
O foco da qualificação é a formação de tutores e demais profissionais da saúde que possam apoiar o município e as equipes da Atenção Primária à Saúde (APS), no fortalecimento das ações de promoção da amamentação e alimentação complementar saudável.
Os conteúdos estão divididos em cinco tópicos que tratam especificamente dos seguintes temas: a estratégia amamenta e alimenta Brasil e o papel do tutor; o planejamento da implementação da EAAB; o apoio do tutor às equipes de APS; promovendo a amamentação e alimentação complementar saudável na APS e utilizando as ferramentas de monitoramento da EAAB. As matrículas podem ser realizadas até 31 de maio de 2024, pelo link.
Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL)
Oferecido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UNA-SUS/UFSC), o objetivo é capacitar e sensibilizar os profissionais da saúde acerca das bases legais e formas de monitoramento do cumprimento da NBCAL para a proteção legal da prática do aleitamento materno e da alimentação adequada e saudável na primeira infância.
As matrículas podem ser realizadas até 31 de dezembro de 2023, pelo link.
Agosto Dourado
O mês de agosto e dedicado ao debate e a sensibilização à pratica ao aleitamento materno. Fomentado pela Semana Mundial de Aleitamento Materno, que ocorre sempre na primeira semana de agosto, o tema deste ano teve como foco a amamentação e o emprego/trabalho. O objetivo é debater o impacto da licença remunerada, do apoio no local de trabalho e das normas parentais emergentes sobre a amamentação através das lentes dos próprios pais. O público-alvo, incluindo governos, formuladores de políticas, locais de trabalho, comunidades e pais, foram envolvidos para desempenhar seus papéis críticos no fortalecimento das famílias e na manutenção de ambientes favoráveis à amamentação na vida profissional pós-pandemia.
De acordo com o Ministério da Saúde, apesar de o Brasil ter aumentado as taxas de amamentação ao longo das décadas, ainda está abaixo do recomendado. A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses no país foi de 45,8%, segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) publicado em 2021. Representa um avanço relevante em cerca de três décadas – pois o percentual era de 3% em 1986.
Na década de 70, as crianças brasileiras eram amamentadas, em média, por dois meses e meio. Agora, a duração média é de 16 meses, o equivalente a 1 ano e quatro meses de vida. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente. E a expectativa é que esse índice, até 2030, chegue a 70%.
Texto: Kamila Aleixo
Edição: Rodrigo Rueda