Assembléia Mundial de Saúde defende limite a publicidade de alimentos
09/06/2010
A regulamentação da publicidade de alimentos é um assunto atual. Durante a 63ª Assembléia Mundial da Saúde, ocorrida na semana passada, em Genebra, a bandeira foi levantada novamente. Os líderes da Saúde aprovaram uma resolução que defende a limitação de publicidade na área alimentar.
Na resolução, a Assembléia destacou que cerca de 42 milhões de crianças menores de 5 anos estão com sobrepeso ou obesas. Dessas, mais de 80% vivem em países em desenvolvimento. O documento avalia a necessidade de que os governos, a sociedade civil e parceiros do setor privado trabalhem em conjunto para reduzir o efeito negativo para as crianças da publicidade de alimentos ricos em gordura, açúcar e sal.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem lutado pela causa. Divulgada pela consulta pública nº 71, realizada em 2006, a proposta da Agência é ampliar e estabelecer diversas regras para estratégias de marketing associadas aos alimentos com quantidades elevadas de açúcar, gorduras, sódio e bebidas de baixo valor nutricional.
O propósito da Anvisa é que as propagandas de alimentos com esses componentes devam ser veiculadas com alertas sobre os riscos do consumo excessivo. A Agência defende ainda que as peças publicitárias não desestimulem o consumo de alimentos como frutas e verduras.