Carga horária: CFN contesta CNE
23/10/2008
A Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou parecer favorável à carga horária mínima de 3,2 mil horas para o curso de Nutrição. O documento está publicado no Diário Oficial da União do último dia 22. Mesmo diante da posição, o CFN vai continuar na defesa da carga mínima de quatro mil horas, na expectativa de reverter o que foi estabelecido.
Nesta quinta-feira (23), o CFN encaminhou uma carta aos coordenadores de curso conclamando-os a envolver seus alunos e a sociedade na defesa da formação do nutricionista. Nela a presidente do Conselho, Nelcy Ferreira da Silva, explica que a carga horária estabelecida é insuficiente para acolher todos os conteúdos previstos nas diretrizes curriculares. "Há a preocupação de que os cursos acabem por praticar apenas a quantidade mínima de horas, no entendimento de estarem cumprindo o determinado pela CES/CNE", avalia o documento.
Histórico – Em sua luta em prol de uma carga horária mínima condizente com a formação do nutricionista, o CFN sempre procurou ouvir os coordenadores de curso. No ano passado, diversos encontros regionais reuniram as Instituições de Educação Superior (IES) e os Conselhos Regionais de Nutricionistas. As cargas defendidas pelas instituições variaram entre 3,6 e quatro mil horas – ou seja, nenhum dos encontros opinou pelas 3,2 mil horas.
Promovido pelo CFN em 2005, o 2º Workshop de Ensino reuniu 82 coordenadores e também concluiu pela defesa do mínimo de 4 mil horas. Naquela época, a proposta foi apresentada ao MEC, juntamente com argumentos pedagógicos em sua defesa.
Neste ano, o CFN também defendeu quatro mil horas como a carga horária mínima dos cursos de graduação em nutrição de todos os países do Mercosul. A posição foi acatada pelo Comitê de Nutrição do Mercosul (Conumer), entidade que reúne representantes dos nutricionistas dos países-membros do bloco.