CFN participa de debate sobre segurança na saúde
12/04/2008
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) apresentaram uma série de medidas que têm por objetivo melhorar a qualidade dos serviços de saúde brasileiros. As propostas foram apresentadas na reunião técnica "Iniciativas da Anvisa e OPAS/OMS para Implantação da Estratégia Segurança do Paciente nos Serviços de Saúde do País", realizada em 8 de abril, com representantes da Anvisa, das Vigilâncias Sanitárias estaduais (VISAs),do Ministério da Saúde e de diversas organizações ligadas à saúde, incluindo o CFN.
Segundo dados apresentados por Heder Murari Borba, gerente da Gerência-Geral de Tecnologia de Serviços de Saúde da Anvisa, de janeiro a abril de 2010, já foram registradas ocorrências de gripe A em 213 países, com 17.483 vítimas fatais em todo o mundo. Ele adiantou que em breve a Anvisa lançará uma resolução que obrigará os hospitais e centros de saúde a terem álcool gel próximo aos pacientes, para a higienização das mãos. Porém, segundo o gerente, apenas a regulamentação não fará a diferença; é necessário transformar a higienização das mãos com álcool em "mania nacional".
Para Rogério Lima, palestrante da OPAS, é necessário ter consciência de que um simples ato de limpar as mãos é questão de segurança. Rogério informou que em 5 de maio será lançada a campanha "Higienize suas mãos" para que o álcool gel se torne um parceiro do médico.
A coordenadora da Coordenação de Infra-Estrutura e Serviços de Saúde da Anvisa, Regina Barcellos, tratou do tema "Hospitais Seguros", sobre problemas que os prédios que abrigam centros de saúde possuem, além da segurança em vista a desastres naturais. Porém antes de se preocupar com tais desastres, como os tremores de terra que começaram a aparecer no Brasil e enchentes que atingem o sudeste do país, é preciso resolver o que a especialista chama de "problemas internos", como problemas estruturais e de acessibilidade aos portadores de necessidades físicas. A Anvisa irá revisar e atualizar duas resoluções que tratam de estruturas.
Durante o debate, foram expostas opiniões, afirmando que a preparação de profissionais de saúde em meio a desastres naturais deve vir de outros países, pois não existem especialistas brasileiros na área. "Passamos 10 anos criando resoluções. Agora é hora de colocá-las em prática. Há problemas que podem ser contornados, mas falta de geradores de energia e goteiras em centros cirúrgicos não podem ser tolerados", finalizou Heder.