Técnicos em nutrição atuam em prol da qualidade dos alimentos
28/07/2008
Você sabia que um salgadinho que fica em uma estufa deve ser mantido lá por no máximo quatro horas e a uma temperatura maior do que 60º C, senão pode se tornar local de desenvolvimento de bactérias? E ainda que uma bancada em que são colocados os alimentos do self-service deve estar aquecida acima de 75ºC para manter a qualidade da comida?
É possível que nem o consumidor nem o dono de restaurante saibam desses detalhes. No entanto, ambos podem ficar despreocupados se o estabelecimento contar com um técnico em nutrição e dietética, profissional capacitado para cuidar que o alimento de cada dia chegue ao consumidor com qualidade.
Supervisionado por um nutricionista responsável, ele participa da execução técnica de atividades do dia-a-dia de restaurantes, hospitais, escolas e outros estabelecimentos, entre outras atribuições. Nesses locais, o técnico fiscaliza o trabalho de cozinheiros e copeiros do estabelecimento, para que sejam seguidas regras de higienização dos uniformes, dos materiais utilizados e do próprio local de trabalho. Sob a observação e a orientação dele, os alimentos também são limpos e preparados com rigor técnico. "Acontece muita coisa que pode prejudicar a qualidade do alimento e acabar despercebida se não houver alguém com noções sobre o assunto acompanhando os procedimentos", explica a técnica Roberta Gomes.
No entanto, não são todos os estabelecimentos que possuem técnicos em nutrição em seu quadro, já que isso não é uma determinação legal. No Brasil, de acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas, há cerca de 5,4 mil técnicos inscritos nos Conselhos Regionais de Nutricionistas. Levando em consideração outras áreas em que eles atuam, como hospitais, consultórios e escolas, além de restaurantes, bares e padarias, o número é bastante reduzido.
Os estabelecimentos que optam por contratar saem ganhando em qualidade, em uma época em que esse diferencial competitivo pode definir quem sobreviverá à concorrência. Já acompanhando essa tendência de melhoria de qualidade, cresce o número de profissionais que estudam em escolas técnicas e se registram no Conselho Regional de Nutricionistas. De 1999 para 2008, houve o aumento de 160% dos técnicos que cumpriram esses passos e estão habilitados para exercer a profissão. Quem mais lucra com isso é a população, que fica mais tranqüila sobre o alimento que vai consumir.