Aumentar a distribuição de renda para acabar com a fome foi a sugestão de quatro delegações durante a abertura da 30ª conferência Regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A reivindicação partiu das delegações da Venezuela, Cuba, Equador e Uruguai e foi defendida por representantes do Brasil, Argentina, Chile e Nicarágua.
Realizada de 14 a 18 de abril no Palácio do Itamaraty, em Brasília, a 30ª Conferência da FAO reuni delegações de 33 países da América Latina e Caribe. O encontro é dividido em duas partes. A primeira, que reuniu o comitê técnico, aconteceu nos dias 14 e 15. A segunda, denominada de Sessão Plenária, teve início dia 16 e vai até manhã (18). O principal objetivo da Conferência é revisar as atividades realizadas pela FAO na América Latina e Caribe durante os últimos dois anos e, em seguida, indicar as áreas prioritárias para a atuação da organização no próximo biênio.
Na abertura do encontro, o representante regional da FAO, José Graziano da Silva, leu o relatório das ações da organização os últimos dois anos. Além da sugestão de aumentar a distribuição de renda para acabar com a fome, o relatório recebeu críticas e mais propostas. Para a delegação do Brasil o relatório não deve se ater apenas às reuniões da organização e ser maisabrangente, apresentando políticas de ação contra a fome e mais informações.
Outra preocupação levantada na abertura da Conferência foi sobre as "crianças mais gordinhas". A delegação do Uruguai sugeriu a criação de um plano para mudar a dieta nas escolas para diminuir a obesidade infantil.
A situação do Haiti, o aumento dos preços dos alimentos, os subsídios dos países ricos aos agricultores e a maior integração entre os países da América Latina para alcançar as metas do milênio também foram abordadas na abertura da 30ª Conferência Regional da FAO.