
CFN reforça articulação com municípios e defende políticas públicas com foco no SUS no Congresso do Conasems
14/06/2025
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De 15 a 18 de junho, o Conselho Federal de Nutrição (CFN) participa do XXXVIII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), em Belo Horizonte (MG). Considerado o maior evento mundial dedicado à saúde pública, o congresso reunirá mais de 15 mil participantes, entre gestores, profissionais, pesquisadores e representantes da sociedade civil.
Por meio do estande institucional “Nutrição no SUS + vida”, o Sistema Conselhos Federal e Regionais de Nutrição (CFN/CRN) busca ampliar o diálogo com gestores municipais e defender o fortalecimento das políticas públicas de alimentação e nutrição no país. A iniciativa destaca como a atuação de nutricionistas e técnicos em nutrição e dietética é essencial para garantir saúde, dignidade e eficiência econômica ao SUS.
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF/IBGE), 61,7% dos adultos brasileiros têm excesso de peso e 26,8% apresentam obesidade. Entre crianças de 5 a 9 anos, 33,5% estão acima do peso. Os dados do Vigitel 2023 indicam que o índice de obesidade em adultos mais que dobrou desde 2006, enquanto apenas 33,9% da população consome frutas e hortaliças com frequência recomendada.
Além do impacto na saúde da população, os efeitos econômicos são expressivos: estimativas da OPAS/OMS indicam que cada US$ 1 investido em políticas de alimentação saudável pode gerar até US$ 7 de retorno em saúde e produtividade. Em contrapartida, os custos diretos e indiretos da obesidade podem representar perdas de até 3% do PIB nacional.
Com base em evidências, o CFN defende a ampliação da assistência nutricional no SUS com inserção de profissionais da nutrição nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais, CAPS, policlínicas, maternidades, centros de reabilitação e em todas as frentes da atenção primária e especializada.
“A nutrição deve ser compreendida como um pilar estruturante da saúde pública. Nosso objetivo é assegurar que a alimentação adequada e saudável seja tratada como um direito humano, com profissionais da nutrição presentes em toda a rede do SUS”, afirma Erika Carvalho, presidenta do CFN.
A proposta do CFN também mira o futuro. A autarquia recomenda que os municípios priorizem a estruturação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) em seus territórios, com enfoque na diversidade regional e alinhamento com o Guia Alimentar para a População Brasileira. A atuação articulada entre nutricionistas e gestores municipais pode garantir que os Planos Municipais de Saúde contemplem ações sustentáveis e efetivas de alimentação e nutrição.
“Ao promover saúde com base em ciência e compromisso social, valorizamos vidas e reduzimos desigualdades. A nutrição é cuidado, é futuro e é parte central de um SUS mais justo e sustentável”, conclui Erika.
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