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CFN vai ao Senado para discutir os malefícios do consumo abusivo de refrigerantes

CFN vai ao Senado para discutir os malefícios do consumo abusivo de refrigerantes

30/03/2022

Representante do órgão na reunião fez alerta sobre o avanço da obesidade.

Na tarde desta terça-feira (29), o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) participou de uma reunião com a chefia de gabinete do presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O tema do encontro foi o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 9/2017, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP), que dispõe sobre a obrigatoriedade de os rótulos dos refrigerantes conterem texto de advertência sobre o malefício do consumo abusivo do refrigerante, bem como a proibição de sua comercialização em estabelecimentos escolares de educação básica.

A nutricionista e conselheira do CFN, Lorena Chaves, representou o órgão na reunião. Ela destacou a importância da matéria para a sociedade e para a categoria. “O projeto é positivo para a saúde da população brasileira e para os nutricionistas, profissionais que acompanham de perto o avanço da obesidade. Está comprovado, com evidências científicas, que os refrigerantes causam diversos malefícios à saúde. Por isso, o CFN solicita ao presidente do Senado Federal que paute o projeto no plenário”.

Lorena também chamou a atenção para um tema que preocupa os nutricionistas: o avanço da obesidade, seja na fase adulta ou infantil. “Defendemos o Guia Alimentar para a População Brasileira e o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 02 anos, sendo que esta última publicação reforça a não oferta de açúcar e de alimentos ultraprocessados para crianças, inserindo os refrigerantes neste contexto”.

Também participaram da reunião, a assessora parlamentar do CFN, Gerlane Alves; o chefe de gabinete da presidência do Senado Federal, João Batista; o diretor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Igor Brito; o assessor advocacy da FIAN Brasil, Pedro Vasconcelos; o coordenador de advocacy e assessora advocacy da ACT, Marcelo Baird e Priscila Diniz. 

Cenário da obesidade

Segundo o Ministério da Saúde (MS), a estimativa é que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no país e 3,1 milhões já evoluíram para a obesidade. Informações coletadas em 2019, de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças atendidas na Atenção Primária à Saúde (SAPS) pelo Sistema Único de Saúde (SUS), revelam que a doença afeta 13,2% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade. Nessa faixa etária, 28% das crianças apresentam excesso de peso, ligando o alerta para o risco de obesidade na infância ou na vida adulta.

Por isso, o CFN faz parte da Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja), ação construída pelo MS, no esforço multissetorial para barrar o avanço da obesidade infantil no Brasil. A pasta tem como objetivo investir na melhoria da saúde e da nutrição das crianças, apoiando os municípios no planejamento, implementação e monitoramento de ações na Atenção Primária à Saúde.